Temos mesmo que escolher entre saúde e economia?
- arianecedraz
- 11 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Primeiro que não existe isso de a economia vai morrer...
Tenho visto muitos debates sobre economia x saúde, pessoas falando que milhares morrerão de fome se as empresas continuarem fechadas e outros blá, blá, blás.
Eu não gosto de expor assuntos polêmicos por aqui, mas não consigo me calar.
Levando em consideração que de economia eu entendo um pouco (graduação, pós graduação e mestrado, me dão respaldo para falar sobre o assunto), vou explicar um pouco como eu observo tudo isso.
A economia não vai morrer, a fome não é uma novidade no mundo, muito menos no Brasil, aliás ela tem sido cada vez maior nos últimos anos, então aqueles que defendem a reabertura do comércio para que milhares não morram de fome e nunca fizeram nada para ajudar milhares que sempre necessitaram deveriam se calar, porque a gente sabe que a sua preocupação não é com isso.
Muitos CNPJs irão fechar, muitos abrem e fecham diariamente, isso também nunca foi uma preocupação real, você que fala que os pequenos estão tendo prejuízos enormes, o negócio dele é de subsistência, ou seja, nunca teriam prejuízos enormes e justamente por serem pequenos possuem uma maior capacidade de se reinventarem, de buscar o seu sustento.
Concordo quando se fala que os empregos foram e muitos outros serão afetados, isso é a maior verdade e aí está o ponto mais crítico desse momento. A situação vai ser muito crítica para eles, irão atravessar o pior momento da vida, pois a falta de renda inesperada pode ser avassaladora, mas não é o fim do mundo. Quem tem ou tinha emprego formal, não ficará sem nada, pois se houve suspensão de contrato ou redução salarial ou até mesmo demissão, essas pessoas contam com os auxílios do governo (e essa é a responsabilidade do governo para com essas pessoas).
Como economista entendo sobre as políticas governamentais e vejo que o governo precisa ter tato para tomar as decisões necessárias, mesmo que para isso precise abandonar as diretrizes que foram traçadas (andar como se nada tivesse acontecendo, é a pior decisão para o povo e para a economia).
Precisa-se fazer o que precisa ser feito e é isso. Hoje precisa ser feito uma desaceleração das atividades econômicas, entenda que muitas empresas fecharam, mas outras ampliaram as suas atividades. Quando tudo isso acabar (e espero que seja breve, porém acredito que depende muito da consciência de cada um) muitos negócios deixarão de fazer sentido, tanto para clientes quanto para os próprios donos, muitos já começaram a reestruturar e repensar seus negócios, saindo da famosa zona de conforto e mudando significativamente tudo sobre si e sobre seu negócio.
Esse é o momento de evoluir, repensar, olhar para o lado, ser verdadeiro consigo mesmo, pensar de verdade por si e ser racional.
A economia não vai morrer independente de qualquer coisa, mas as pessoas irão e a gente pode reduzir isso, primeiro a gente se salva e salva os outros, depois a gente pensa como vai reerguer a economia, afinal de contas ela vai sobreviver sempre (de uma forma ou de outra).
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